Pesca Sem Fronteiras

segunda-feira, 25 de maio de 2015

RIO URUGUAI: NOVA FRONTEIRA DA PESCA ESPORTIVA - 2015 REGISTRA MARCA HISTÓRICA

Fartura de peixes é resultado da prática de Pesca Esportiva. Dourados gigantes com mais de 30 quilos, piaparas de 6 e 7 quilos.



dourado_uruguai
-> Dourados gigantes com mais de 30 quilos, piaparas de 6 e 7 quilos.
-> Primeiro trimestre de 2015 rio Uruguai registra marca histórica nos resultados de pescaria em toda a Bacia do Prata.
-> Fartura de peixes é resultado da prática de Pesca Esportiva.
No primeiro semeste de 2015 os dourados gigantes, com 30Kg e até mais,   surpreenderam a todos os pescadores, os experientes Operadores de Turismo de Pesca e inclusive os guias locais, no rio Uruguai em Concórdia- AR.
Para se ter uma ideia, no dia 27 março foi registrada a média por lancha, de 80 grandes dourados fisgados e soltos. Isso significa que cada pescador fisgou um dourado a cada doze minutos, numa jornada de 8 horas de pescaria, o quê foi motivo de grande alvoroço entre os protagonistas da façanha – os Pescadores.
Vindas de Belo Horizonte-MG e Brasília-DF, duas turmas de experientes Pescadores- alguns com mais de 35 anos de pescarias mundo afora, todos pela primeira vez visitando Concórdia-AR, declararam em consenso jamais terem conhecido outro lugar, outro rio sequer parecido e com tanta fartura em ações, linhas arrebentadas, varas quebradas etc. O caso foi motivo de grande euforia e felicidade entre os pescadores visitantes, além de fortes dores de cansaço nos braços e pernas.
Outra equipe mineira, de Seo Nute, vinda da cidade de Claudio-MG, com 16 pescadores, em 4 dias de pesca fisgou e soltou mais de 700  dourados, dentre eles exemplares entre 20 e 28 quilos, afora Piaparas de até 7 quilos e surubins entre 10 e 25 quilos. Vale salientar que a única modalidade permitida aos visitantes nesta porção do rio é o pesque e solte, 100%.
Mesmo os experientes Operadores de Turismo de Pesca responsáveis pela consultoria e organização dos pacotes e também pelo receptivo local, foram tomados de surpresa. E até os guias de pesca locais, bastante conhecedores do rio, ficaram espantados, mesmo conhecendo bem a riqueza e fartura do rio Uruguai.
Com pouco mais de um ano de atividades a OPERAÇÃO DOURADOS GIGANTES DO RIO URUGUAI – empreendimento exclusivo do Grupo Pesca Sem Fronteiras em parceria com Bambys Fishing - já trouxe ao rio Uruguai mais de 500 pescadores esportivos, vindos de várias partes do planeta, principalmente do Brasil.
Com o elevadíssimo grau de satisfação dentre os clientes atendidos, o feedback deles  permitiu levantar dados importantes para uma avaliação mais precisa desta nova Operação de Pesca. Nas palavras do pescador mineiro seo Nute, compartilhada com vários de seus colegas de equipe, como o João Luiz Barquete: “…Igual a esse rio não existe. É impossível de acreditar. Com certeza o Rio Uruguai pode ser chamado de a mais nova fronteira da Pesca Esportiva para todo o mundo, certeza, uai. E nós vamos voltar, nossos outros amigos também”.
Conclui-se, portanto, que o Rio Uruguai tem-se mostrado o local de maior produtividade de Pesca, ao menos da América do Sul, indiscutivelmente. Oxalá do mundo. Não apenas pela qualidade e tamanho dos peixes, principalmente dourados e piaparas, como também pela quantidade. Vale relatar a também boa regularidade do espécime Surubim, em tamanhos que variam de 10 a 50 quilos e que entre um dourado e outro tem proporcionado também grandes emoções aos visitantes. Merece o título de NOVA FRONTEIRA DA PESCA.
O rio Uruguai, a Barragem de Salto e o Salto Chico
Pertencente à Bacia do Prata, o rio Uruguai nasce em terras brasileiras e à certa altura passa a fazer fronteira entre Argentina e Uruguai. De águas rápidas e muitas corredeiras e saltos, pequenas cachoeiras, este rio em seu percurso recebeu inúmeras contruções de barragens/ usinas hidrelétricas.
Na porção da Fronteiras entre as cidades de Concórdia-AR e Salto-UR, existiam uma pequena cachoeira de nome Salto Grande e que emprestou o nome à barragem que alí foi construída e outra menor mais abaixo, na verdade uma corredeira, chamada de Salto Chico, preservada na forma original sem qualquer interferência humana.
A barragem de Salto, por assim dizer, é a última hidrelétrica existente no rio até o delta do rio da Prata, onde desemboca e suas águas se juntam às do rio Paraná.
A construção da barragem de Salto tornou-se num obstáculo à migração dos peixes, o que favorece sua concentração, já que não possui escada para subida de peixes.
A fartura de peixes e a Pesca Esportiva = desenvolvimento sustentável
A crescente procura pelas pescarias nesse trecho do rio, abaixo da barragem, vem exigindo cada vez mais o emprego de pescadores ribeirinhos locais para atuarem principalmente como Guias e Pilotos de lanchas, dentre outras funções. Estes profissionais, até menos de dois anos atrás quando não haviam os turistas pescadores na escala atual, dependiam muito da pesca para sobreviver vendendo peixes. Atualmente, com a experiência junto aos pescadores esportivos e melhores ganhos como guias/pilotos, acabaram percebendo que o peixe passou a valer muito mais dinheiro se mantido vivo. Preservar passou a ser a melhor fonte de renda da comunidade ribeirinha. Combinando essa realidade com o fato de que a barragem favorece a concentração de cardumes e, mais recentemente, uma melhor atenção do poder publico local, eis a receita da grande fartura de peixes e o sucesso das pescarias.
Lição para o Brasil? Há de se pensar.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A PESCA PREDATÓRIA...

por Rodrigo Ribeiro Pontara
Brasília-DF

O homem pratica a pesca há muitos anos, sendo que a maioria de maneira descontrolada, sem medo de que um dia os estoques de peixes acabem em nossos rios e lagos, tão abundantes há décadas atrás!
Via meu saudoso pai, várias vezes, preparar sua tralha e sair com sua turma para pescar no Rio São Francisco, na época famoso pela grande quantidade de Surubins e Dourados de grande porte. Na volta traziam enorme quantidade de peixes. Eram Pintados acima dos 40 kg pegos em grandes quantidades, peixes realmente lindos!
O Pantanal, lembro minha primeira pescaria lá no Rio Cuiabá, quanto peixe... era uma fisgada atrás da outra. Muitos jaús enormes, surubins pintados e cacharas, dourados, enfim, todas as espécies. Em pleno auge daquele lugar maravilhoso, trazíamos dezenas de peixes, sem nos importar com o amanhã. Mas o tempo passa e, como tudo na vida, nossos rios também começaram a perder força, começaram a mostrar sinais de cansaço, passaram a pedir ajuda, mas poucos ouviram. Trazemos na mente aqueles conceitos antigos de que peixe não acaba, água então, temos tanta que não há como acabar. E continuamos com a mesma mentalidade!
Pensei que com o passar dos anos nossos rios continuariam a manter os peixes em pleno desenvolvimento, que a quantidade de peixes cresceria ainda mais, pois o conceito de que peixe não acaba, permanecia vivo! Então, quando fiz 12 anos, vi na televisão um homem que apresentava o programa de pesca, soltando peixes e falando sobre a importância de se pescar e soltar para a conservação do nosso esporte favorito.
Naquele momento percebi que tudo o que pensávamos era uma ilusão. Os peixes estavam diminuindo; nossos rios já não tinham a quantidade de peixes como há anos atrás. Peixes de grande porte então, cada vez mais raros! Naquele momento percebi a importância de se mudar de atitude, aquilo mudou algo lá no fundo e me fez perceber que eu nasci para pescar e soltar, e não matar aqueles que me traziam prazer e satisfação.
Comecei a falar disso com meu pai e seus companheiros. Não adiantou muito, pois eles não acreditavam que os peixes acabariam. Mas eu passei a fazer a minha parte. Comecei soltando um, depois passei para 2 e assim por diante até soltar todos os que pego em minhas pescarias. Passei a sentir um prazer enorme em devolver à vida aqueles que me trazem tanta satisfação!
Mas não foi suficiente, precisava ver meus companheiros fazendo o mesmo e transmitindo este conceito para outras pessoas. Foi muito difícil, pois as pessoas não estão abertas a mudarem de comportamento. Pensam que não existe graça em pescar sem matar.
Com calma fui esclarecendo para eles que estavam equivocados e, entre uma pescaria e outra, eles começaram também a soltar alguns peixes! Começaram a perceber a importância de se permitir a continuidade dos ciclos de vida, para a preservação das espécies.
O tempo passou, tenho 31 anos. Comecei a pescar com seis, e de lá pra cá vi os estoques de peixes diminuirem consideravelmente e percebi que só a minha contribuição não bastava. Precisava fazer mais. Passei a falar com pessoas diferentes, discutir sobre o assunto, mesmo que não tivesse resultado naquele momento, mas falava. Então parei para refletir aonde estava o problema e como foi que chegamos a este ponto. Culpa de quem, das barragens, do desmatamento, das lavouras, dos pescadores profissionais ou de todos estes juntos e somados a vários outros? Nossa culpa também, pescadores esportistas, que antes éramos predadores insaciáveis e que matávamos tudo o que pegávamos.
Nossos atos fazem o mundo melhor ou pior, depende de como interpretamos o que aprendemos, somos todos culpados do que ocorre hoje com nossos rios, lagos, mananciais e mares! A pesca predatória está alavancando ainda mais este processo de perda em nossos rios, quando desrespeitamos o período de defeso dos peixes e deixamos de dar a única oportunidade aos nossos rios de se recuperarem, de permanecerem vivos e cheios de peixes. Quando destruímos matas ciliares, fazemos barragens, pescamos de maneira indevida e em épocas proibidas, fazemos com que as coisas fiquem cada vez pior.

Pratiquem o PESQUE E SOLTE!